RESUMO
Este artigo explora o caráter contestado da presença pública das religiões, questionando a autoevidência do fenômeno e perguntando-se sobre a cena que ele instaura. Essa cena perturba um imaginário político solidamente constituído, revelando não somente suas fraturas, mas também a multiplicidade (e portanto, a contingência) de caminhos por meio dos quais tal imaginário (o moderno ocidental) se constituiu. Oferece-se um conjunto limitado, mas, espera-se, suficientemente convincente, de elementos analíticos que permitam passar da descrição da cena à sua explicação e apreciação crítica.
PALAVRAS-CHAVE:
religião pública; contingência e pluralidade; dispersão do religioso