Este artigo pretende mostrar que o enfoque das "capacitações dinâmicas" da firma, quando aborda o tema da cooperação interfirmas, pode ser dividido em duas vertentes razoavelmente distintas, no que se refere a desenvolvimentos teóricos sobre sua coordenação: (i) uma análise denominada "Freeman-Lundvall", que teoricamente busca interfaces com abordagens da sociologia; e (ii) uma análise denominada "Teece-Pisano", teoricamente bastante próxima da abordagem dos custos de transação. Conclui-se que a visão "Teece-Pisano" é a única entre as duas que é compatível com uma teoria dos contratos, o que a permite considerar uma importante fonte de vantagem competitiva - a economia de custos de transação. Por isso, é analiticamente mais relevante se a cooperação é tratada, em termos teóricos, como uma estratégia subordinada ao processo de concorrência capitalista.
capacitações dinâmicas; cooperação interfirmas; contratos