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Avaliação e perspectivas da abordagem à conservação do patrimônio organístico no Brasil

Órgãos de tubos são construídos no Brasil, ou importados do exterior, desde as primeiras décadas do período colonial. Estes instrumentos, apesar de constituírem um conjunto relativamente exíguo, representam um testemunho histórico e musical de valor inestimável. No entanto, de um modo geral, encontram-se em condições precárias de funcionamento e, em parte, mais ou menos descaracterizados profundamente, quanto à sua estrutura e configuração original, às vezes em estado de abandono e, por incrível que pareça, ainda sujeitos ao risco de intervenções arbitrárias e desprovidas de bases técnicas e de preocupação histórica e musicológica. Neste artigo, busca-se percorrer o caminho que levou à atual situação e discutem-se os princípios e os critérios de processos de recuperação, manutenção e conservação preventiva desse patrimônio, partindo dos pressupostos do respeito à sua originalidade e do direito a restauros segundo os rigorosos cânones já definidos para objetos com plena condição de bem cultural, cujo reconhecimento para os órgãos de qualquer época deve ser urgentemente garantido.

Órgãos de tubos; Patrimônio histórico-cultural; Restauro; Conservação preventiva


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