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PCH: a preservação do patrimônio cultural e natural como política regional e urbana1 1 . Artigo baseado na conferência pronunciada no encerramento do seminário "O PCH/Programa das Cidades históricas: um balanço após 40 anos", no dia 17 de novembro de 2015, em São Paulo.

RESUMO

Este texto analisa as raízes do Programa das Cidades Históricas, sua criação em 1973 e sua desativação no início da década de 1980. Suas raízes estariam na inserção do Iphan na rede de cooperação internacional, no ideário de seu principal articulador, o arquiteto Renato Soeiro, e no objetivo do governo militar de promover o desenvolvimento da região Nordeste. Para sua criação, teria contribuído a presença de nordestinos e nortistas em ministérios e altos postos do governo militar. Após 36 anos da criação do Sphan, o protagonismo das ações sobre o patrimônio seria transferido do Rio de Janeiro para o Recife, fortalecendo grupos locais e dando início a uma disputa pelo controle do Iphan. Sem contar mais com o apoio da Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral da Presidência da República, o PCH começa a ser desativado em 1979, no governo do Gal. João Figueiredo, com uma nova política cultural destinada a criar uma base popular para a "abertura política gradual e controlada". Paralelamente a essa mudança ideológica, se acirra a disputa entre os grupos do Recife e do Rio de Janeiro e se dá a progressiva desativação do PCH.

PALAVRAS-CHAVE:
Iphan; PCH; Renato Soeiro; Mário de Andrade; Gilberto Freyre; Aluísio Magalhães

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