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Em torno da mesa do rei: artefatos, convivialidade e celebração no Rio de Janeiro joanino1 1 A pesquisa realizada para este trabalho contou com o apoio do CNPq – Bolsa Produtividade. Sua primeira versão foi apresentada no VI Encontro Internacional de História Colonial, na mesa-redonda: “A casa, a cozinha e o quintal: práticas sociais e o trânsito de artefatos nos mundos ibero-americanos (séculos XVII-XIX), Salvador, 2016.

RESUMO

Este artigo aborda um aspecto relevante do ritual das refeições na corte de D. João VI, no Rio de Janeiro: a prataria de mesa. Isto é, objetos de luxo destinados a servir e a consumir os alimentos. Com base em um inventário de bens de mesa enviados do Rio de Janeiro para Lisboa junto com o monarca em seu retorno a Portugal, em 1821, este artigo procura refletir sobre as funções e possíveis usos desses objetos, assim como sobre a importância desse universo material para o funcionamento, representação e celebração da Casa Real portuguesa na sua nova sede. O artigo argumenta que a presença e o uso de baixelas de prata de serviço, mas também de grande aparato, nas refeições públicas da família real pode contribuir para se repensar a imagem de uma corte pobre e sem brilho recorrentemente reforçada na historiografia do período joanino.

PALAVRAS-CHAVE:
Rituais de comensalidade; Prataria de mesa; História da alimentação

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