RESUMO
O presente artigo apresenta uma proposta de perceber a arquitetura rural edificada pelo artífice imigrante em Santa Catarina a partir do pensamento estético de John Ruskin. As concepções que formam o seu pensamento são tomadas à luz do conceito do fantástico paradoxo, uma chave de leitura bastante oportuna para evidenciar e reiterar características fundamentais daquela arquitetura, como a presença viva do labor humano, a imperfeição como virtude construtiva e a beleza pitoresca da paisagem edificada. A partir da análise de um conjunto arquitetônico construído em madeira, buscou-se compreender a presença do artífice construtor tanto no corpo mesmo do edifício resguardado em sucessivas gerações quanto na preservação de um saber-fazer de técnicas construtivas tradicionais transmitidas de pai para filho.
PALAVRAS-CHAVES:
John Ruskin; Arquitetura; Artífice; Imperfeição