O objetivo do artigo é levantar questões relativas à reestruturação produtiva nos bancos e suas implicações sociais (emprego, qualificação, formação e treinamento, salário e ação sindical), no contexto dos anos 90. As observações e conclusões apresentadas resultam da análise de um estudo de caso que teve como objeto um banco estatal em vias de privatização, bem como da utilização de estatísticas gerais sobre o setor. Dentre as conclusões, caberia destacar que os ganhos para a força de trabalho, resultantes do processo em estudo, poderiam ser relativizados, já que os mesmos são acompanhados de efeitos negativos, como maior desgaste físico e mental da força de trabalho, além da ocorrência de altas taxas de desemprego. Nesse sentido, conclui-se que, a uma possível elevação da qualificação dos que permanecem no emprego, corresponderia uma degradação das condições de vida em termos mais gerais.
Reestruturação produtiva; bancos; qualificação; treinamento; emprego