O texto aborda experiências internacionais de escolarização, vistas como uma nova dimensão da realidade educacional contemporânea que marca as trajetórias escolares de jovens oriundos de meios sociais favorecidos. Discutem-se resultados de pesquisas nacionais recentes que começam a elucidar as características do fenômeno no contexto brasileiro. Uma expansão da demanda por esse bem cultural é detectada entre as camadas médias, que vêem na dimensão internacional do capital cultural um ingrediente indispensável à reconversão de seu patrimônio. Tais estratégias familiares inserem-se numa lógica de distinção, ou seja, de reforço das fronteiras entre grupos mais ou menos providos em capital econômico e cultural.
Educação e desigualdades sociais; Estratégias de internacionalização dos estudos; Dimensão internacional do capital cultural