Neste artigo discutimos dispositivos de controle, como regulação conservadora, e suas interferências tanto no processo de trabalho de professoras em início de carreira quanto na fabricação de suas identidades profissionais. A análise aqui apresentada é fruto de uma pesquisa realizada com professoras que atuam entre a 1ª e a 4ª série do ensino fundamental em escolas públicas, com menos de três anos de magistério e sem experiência anterior de trabalho efetivo em sala de aula. É sobre as professoras em início de carreira que se produz um conjunto de práticas (discursos) que tem como função regular suas práticas e decisões, estabelecendo o quadro das condutas consideradas legítimas para que se efetive o processo educativo. Os efeitos dessa regulação agem sobre o processo de trabalho docente e sobre os processos de significação nele produzidos, estabelecendo uma representação do que vêm a ser a docência e sua identidade, tratando assim de ressignificar as práticas educativas.
Trabalho docente; Dispositivos de controle; Currículo; Identidade