Este artigo é um ensaio teórico que apresenta diferentes estudos abordando as condições de produção do diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e a eleição do metilfenidato como principal terapêutica. Analisou-se o consumo e utilização do medicamento como dispositivo de produtividade, descrevendo as tendências comuns de transgressão do seu uso. Discutiram-se as controvérsias que permeiam o diagnóstico de TDAH e o abuso do metilfenidato como sintoma da sociedade pós-industrial. Concluiu-se que o não cumprimento das exigências de bom desempenho na escola e no trabalho tem contribuído para a configuração do diagnóstico de TDAH. Nesse contexto, ocorre a busca pelo fármaco como estratégia para melhorar o desempenho cognitivo.
Educação; Trabalho; Medicalização social; TDAH; Metilfenidato