INTRODUÇÃO: A literatura científica indica a possibilidade de a percepção da emoção e a formação da memória emocional serem discordantes entre jovens e idosos. A mesma é pobre ao explorar essa possibilidade. Neste estudo, relatamos os resultados obtidos em um experimento-piloto com uma amostra de idosos brasileiros, que classificaram subjetivamente, através da escala Self Assessment Manikin, imagens oriundas do International Affective Picture System. MÉTODO: Quarenta e oito idosos voluntários da Universidade Aberta da Terceira Idade, saudáveis clínica e cognitivamente, avaliaram o caráter alertante e a valência afetiva de 71 imagens do International Affective Picture System, aleatoriamente escolhidas. RESULTADOS: O grau de alerta reportado por idosos diante de um estímulo emocional é tanto maior quanto menor o prazer provocado por essa imagem-estímulo, resultando na existência de uma forte correlação negativa (r = 0,93) entre o grau de alerta e o estímulo desprazeroso. Em uma comparação do acima obtido com outro experimento normativo semelhante feito com jovens brasileiros e americanos, apontou-se para uma possível diferença cultural na forma de relatar subjetivamente um estímulo emocional. CONCLUSÕES: Os resultados obtidos com esta amostra estudada sugerem que pode existir uma diferença nos relatos afetivos entre os jovens e idosos, onde uma normatização do International Affective Picture System para uma amostra maior, representativa da população de idosos, seria útil para responder esta questão.
International Affective Picture System; Self Assessment Manikin; idosos; Brasil