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Armadilhas fotográficas na amostragem de mamíferos: considerações metodológias e comparação de equipamentos

Use of camera traps in mammal sampling: methodological considerations and comparison of equipments

A utilização de armadilhas fotográficas em estudos desenvolvidos no Brasil é recente. O alto custo dos equipamentos e os constantes gastos com material de consumo podem, em alguns casos, limitar o número de unidades e o tempo de amostragem. O presente estudo objetivou discutir questões metodológicas visando otimizar a utilização do equipamento no inventário de mamíferos, além de comparar dois modelos de armadilhas fotográficas. O estudo foi desenvolvido na Estação Biológica de Santa Lúcia, no centro-norte do estado do Espírito Santo entre janeiro de 2002 e novembro de 2003, utilizando três Wildlife Pro Camera© (WPC) e quatro DeerCam©. Constatou-se a importância da realização de amostragens em diferentes fitofisionomias, tendo sido observadas variações na composição da comunidade registrada em cada ambiente. Foi detectada uma correlação significativa entre número de espécies registradas e esforço de amostragem empregado em cada trilha, ressaltando o registro de 60% ou mais dos táxons amostrados em trilhas com esforço > 250 armadilhas-dia. Houve predomínio de registros noturnos (67%), embora o número de espécies registradas durante a noite tenha sido semelhante ao obtido ao longo do dia. Quando as armadilhas foram colocadas em pares, apenas 27% das fotografias foram simultâneas. Os equipamentos utilizados apresentaram diferenças significativas na durabilidade e eficiência na amostragem de mamíferos, tanto dentro como entre as marcas testadas.

Armadilhamento; Floresta Atlântica; inventários; mastozoologia; métodos


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