Este estudo propõe suscitar uma discussão em torno das imagens e visões dos viajantes naturalistas que estiveram no Nordeste do Brasil no final do século XVIII e início do XIX a respeito do meio ambiente natural desse espaço. O objetivo consiste em investigar as inter-relações entre natureza e cultura na obra do naturalista viajante Manuel Arruda da Câmara, referentes aos sertões das Capitanias do Nordeste durante a transição Colônia-Império. Observa-se que apesar desse cientista trabalhar nos Sertões das Capitanias do Nordeste colonial com vistas em satisfazer aos interesses econômicos e políticos do Reino de Portugal, ele exalta a natureza das colônias tropicais e busca também favorecer parte da população do Brasil. Nesse sentido, mesmo pertencendo à "geração ilustrada" luso-brasileira, o nacionalismo desse naturalista o levou a valorizar o meio ambiente colonial.
Meio ambiente; História; Viajantes; Brasil colonial