Este artigo analisa o ensaio História do Brasil, publicado por Afrânio Peixoto em 1940. Entende-se que, em sua estrutura interna, o livro comporta nuances dos conflitos entre o autor e o Estado Novo brasileiro (1937-1945) e também em relação ao teor autoritário, com o qual a ditadura portuguesa, comandada por Antônio Salazar, modelou o Congresso do Mundo Português (1940). Muito embora tenha colaborado para a organização do evento, na última hora, por ordem expressa do governo brasileiro, Afrânio Peixoto foi impedido de participar das comemorações. Nesse sentido, busca-se demonstrar que uma das razões capaz de explicar sua ausência foi o patriotismo luso-brasileiro praticado por Afrânio, o qual o colocou em rota de colisão com as representações oficiais preparadas para aquela efeméride.
História do Livro; Patriotismo; Intelectuais e Poder; República; Congresso Luso-Brasileiro