A produção literária infantil com teor cívico se sobressai no conjunto dos primeiros livros brasileiros concebidos para atrair a criança leitora publicados desde os últimos anos do século XIX. Trata-se, na verdade, da maior parte da produção ficcional originalmente escrita para aquele público específico. Considerando este dado, o objetivo deste artigo é investigar conteúdos e estratégias discursivas, assim como aspectos editoriais e gráficos, com os quais se pretendia conformar um mercado que despontava com infinito potencial de crescimento. No curso da análise, procurar-se-á, também, sublinhar a especificidade e a dinâmica das relações entre alguns dos principais sujeitos envolvidos na produção, na circulação e na recepção dos livros infantis da passagem do século XIX para o XX: autores, editores e leitores.
Livros para crianças; Literatura infantil; Nacionalismo; Literatura cívica