Analisamos a distribuição e concentração da riqueza concernente a 678 inventários de duas localidades do Vale do Ribeira paulista (Iguape e Xiririca), abertos entre 1800 e 1880. De início, distinguimos a distribuição da riqueza bruta (soma de todos os bens e haveres pertencentes ao inventariado) e da riqueza líquida (riqueza bruta, deduzidas as dívidas passivas). Este segundo padrão realoca a posição de 64% dos patrimônios, destacando-se cerca de 10% cuja riqueza líquida revelou-se negativa. Utilizando como referência a atividade econômica vinculada ao inventariado, avaliamos o impacto do uso das duas medidas na distribuição da riqueza e propusemos a utilização de um índice de Gini que possibilita a incorporação destes valores negativos.
distribuição da riqueza; medidas de concentração da riqueza; índice de Gini; riqueza líquida negativa; inventários post mortem