RESUMO
A historiografia sobre os primeiros três séculos da história do Brasil tem sido vincada, nas últimas duas décadas, por um acirrado debate entre duas correntes de interpretação de nossa formação colonial, a saber, a do Antigo Sistema Colonial e a do Antigo Regime nos Trópicos. Além de indicar as principais linhas de formação historiográfica de cada uma dessas vertentes, o presente artigo enfatiza os aspectos de discordância entre ambas no que diz respeito à definição da dinâmica da sociedade e economia do Brasil colonial, sobretudo as críticas que a vertente Antigo Regime nos Trópicos consolidou. Desta forma, argumenta-se, aqui, que a divergência entre ambas se deve ao aprofundamento que a revisão e crítica dos argumentos do Antigo Sistema Colonial sofreram em razão da influência da Antropologia Econômica e do distanciamento do marxismo, levando à consolidação de uma interpretação em oposição àquela, baseando-se no conceito de arcaísmo.
Palavras-chave:
Historiografia; História do Brasil Colonial; Antropologia Econômica