Acessibilidade / Reportar erro

Do que não floresce em tempos de violação aos direitos das mulheres: uma leitura de Hibisco Roxo, de Chimamanda Ngozi Adichie

There’s no flowers when women´s rights are disrespected: Purple Hibiscus, by Chimamanda Ngozi Adichie

RESUMO

Numa Nigéria entrecortada por sucessivos golpes de Estado em que se fazem notar as consequências da colonização nos hábitos e, especificamente, nas crenças religiosas, Chimamanda Ngozi Adichie ambienta seu romance Hibisco Roxo, no qual a narração autodiegética de Kambili permite entrar em contato com a violência doméstica em seus episódios mais duros até o desfecho que surpreende e marca a ruptura daquela família com a situação de abuso de poder praticado pelo pai. Hibisco Roxo é uma ficção histórica que permite ao leitor conhecer a situação política vivenciada na Nigéria, a repressão aos meios de comunicação que ousavam fazer denúncia e o cotidiano de duas famílias que vivem situações opostas: a riqueza e a violência que caracterizam o lar de Kambili e que são problematizadas apenas quando ela nota que, no lar de sua prima, Amaka, apesar de, em alguns momentos, faltar o essencial para uma vida digna, sob o ponto de vista material, havia algo precioso: a liberdade de pensamento e de discussão de ideias, elementos que serão explorados com mais vagar ao longo do artigo.

Palavras-chave
Hibisco Roxo; Nigéria; Literatura; História

Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Campus de Assis, 19 806-900 - Assis - São Paulo - Brasil, Tel: (55 18) 3302-5861, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, UNESP, Campus de Franca, 14409-160 - Franca - São Paulo - Brasil, Tel: (55 16) 3706-8700 - Assis/Franca - SP - Brazil
E-mail: revistahistoria@unesp.br