A sulfassalazina é ainda muito utilizada nas doenças inflamatórias intestinais, sobretudo na retocolite ulcerativa leve e moderada. Entretanto, seu uso é relacionado a vários efeitos colaterais, incluindo disfunção hepática grave.Este é um relato do caso de paciente masculino, 21 anos, portador de retocolite ulcerativa moderada, com queixa de inapetência, febre, artralgia e icterícia, há sete dias. Antecedente pessoal de uso de sulfassalazina 4 g/dia há seis semanas. Ao exame físico apresentava-se ictérico, com exantema em membros e edema de membros inferiores. Exames complementares mostravam aumento de bilirrubinas, enzimas hepáticas e canaliculares e da proteína C reativa. Com o diagnóstico de hepatotoxicidade por sulfassalazina, foi suspensa a medicação e introduzido prednisona 20 mg/dia e ciprofloxacino 1 g/dia. Recebeu alta no terceiro dia de internação após melhora clínica e laboratorial. Atualmente encontra-se assintomático e em uso de azatioprina 150 mg/dia.
hepatite; idiossincrasia; proctocolite; sulfassalazina; terapêutica