Este artigo procura analisar as relações entre o Estado e os retirantes das secas de 1932 e 1942, durante o período de Getúlio Vargas como presidente. As intervenções realizadas para estabelecer um controle episódico sobre essa população migrante, que invadia e saqueava cidades e armazéns, podem abrir janelas de compreensão bastante amplas para examinar os mecanismos de constituição do poder de Vargas e a permanência do "trabalhismo" no Brasil, assim como as relações entre os modelos liberal e paternalista de política.
seca; migrantes; controle social