RESUMO
O artigo analisa a implantação da "reforma agrária assistida pelo mercado" (RAAM) do Banco Mundial na Colômbia e no Brasil. Mostra que a RAAM foi concebida e implementada como um modelo contrário às reformas agrárias redistributivas, baseadas na desapropriação de terras pelo Estado. Também analisa os resultados da RAAM nos dois países, argumentando que a sua função principal não foi econômica, mas sim política, ao ajustar a política agrária à agenda neoliberal e servir como instrumento para esvaziar a luta popular pela democratização da estrutura agrária em sociedades altamente desiguais.
Palavras-chave:
Banco Mundial; reforma agrária; mercados de terras