O presente estudo objetivou determinar teores e níveis críticos de nitrogênio na forma de nitrato (N-N03) na seiva do pecíolo de tomateiros utilizando-se medidor portátil, e estabelecer a relação destes valores com os teores de N-N03 na matéria seca dos pecíolos, e de N-orgânico e de N-total na matéria seca do limbo. Plantas de tomateiro (Lycopersicon esculentum), cv. Santa Clara, cultivadas em vasos contendo amostras de dois solos (argiloso = Vi; areia-franca = TM), foram submetidas a cinco doses de N (25, 125,225, 325 e 425 mg/dm3) aplicadas parceladamente, via solução nutritiva. As folhas opostas ao 1° e ao 3° cacho foram amostradas por ocasião do início da antese das flores do respectivo cacho, e as concentrações de N- N03 na seiva dos pecíolos foram determinadas utilizando medidor portátil equipado com microeletrodo seletivo ao N-N03. Determi nou-se, também, as concentrações de N-N03 na matéria seca do pecíolo e do limbo, e as concentrações de N-orgânico na matéria seca do limbo, ambas por colorimetria. Os valores de N-total na matéria seca do limbo foram obtidos a partir da soma dos teores de N-N03 e de N-orgânico. Os níveis críticos das formas de N foram maiores no solo TM, e em ambos os solos, maiores na folha oposta ao 1° cacho. Os níveis críticos de N-N03 nas seiva das folhas opos tas ao 1° e ao 3° cacho foram, respectivamente 2.581 e 1.085 mg/L para o solo Vi, e 2.616 e 1.690 mg/L para o solo TM. Os teores de N-N03 na matéria seca dos pecíolos, e de N-orgânico e de N-total na matéria seca do limbo foram estimados com relativa precisão à partir dos teores de N-N03 na seiva, em ambas as amostragens fei tas nas plantas cultivadas no solo TM, e nas folhas opostas ao 3° cacho das plantas cultivadas no solo Vi.
Lycopersicon esculentum; nitrato; nível crítico.