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Eficiência de tiacloprid para o controle de mosca-branca

Efficiency of tiacloprid in controlling whiteflies

O impacto de tiacloprid sobre a mortalidade de adultos, fertilidade de fêmeas, viabilidade de ovos e desenvolvimento de ninfas de Bemisia argentifolii foi determinado em quatro experimentos. No primeiro experimento, para avaliar a eficácia de tiacloprid em causar a mortalidade de adultos, foram utilizadas folhas de repolho tratadas com tiacloprid (96 g i.a./ha), imidacloprid (14 g i.a./ha), acefato (750 g i.a./ha), deltametrina (6 g i.a./ha) e água e adultos liberados nas gaiolas contendo as folhas tratadas. A mortalidade de adultos foi avaliada após 72 h. No segundo experimento, para avaliar o impacto de tiacloprid sobre a fertilidade das fêmeas, utilizaram-se folhas de repolho tratadas com o inseticida ou água colocadas nas gaiolas, seguida da liberação de 50 adultos por 24 h. Transcorrido este tempo, os adultos foram transferidos para uma outra gaiola contendo folhas de repolho sem tratamento com inseticida por mais 24 h, quando foram então removidos. O número de ovos sobre cada folha foi determinado e as folhas foram colocadas em uma câmara por dez dias, quando o número de ninfas foi determinado. No terceiro experimento, para avaliar o impacto de tiacloprid na eclosão de ninfas, utilizou-se ovos de mosca-branca com idades de um e cinco dias tratados com tiacloprid ou água e, após 10 dias, foi avaliado o número de ninfas de primeiro estádio em cada tratamento. No quarto experimento avaliou-se o impacto de tiacloprid no desenvolvimento de ninfas. Estas foram tratadas com o inseticida ou água e após cinco dias foi feita a contagem do número de ninfas de terceiro estádio. Tiacloprid e imidacloprid causaram a mortalidade de 99% dos adultos enquanto acefato e deltametrina causaram menos de 32% de mortalidade. O resultado indicou uma boa eficiência de tiacloprid para o controle de adultos. A viabilidade dos ovos não foi afetada pela exposição das fêmeas ao inseticida, já que mais de 97% destes se desenvolveram. Mais de 97% dos ovos tratados com tiacloprid com idades de um e cinco dias não se desenvolveram indicando que o inseticida causa a inibição do desenvolvimento dos ovos independentemente da idade destes. Apenas 1,2% das ninfas de segundo estádio tratadas com tiacloprid alcançaram o terceiro estádio, indicando que o inseticida afeta o desenvolvimento das ninfas.

Brassica oleracea var. capitata; Bemisia argentifolii; controle químico; mosca-branca; tiacloprid; deltametrina; acefato; imidacloprid


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