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Sensibilidade a cobre, estreptomicina e oxitetraciclina em Xanthomonas spp. associadas à mancha-bacteriana do tomate para processamento industrial

Sensitivity to copper streptomycin and oxitetracyclin of xanthomonads associated to bacterial spot in processing tomatoes

Apesar de amplamente empregados em lavouras de tomate para processamento industrial no Brasil, fungicidas cúpricos e antibióticos registrados para uso agrícola nem sempre resultam em controle eficiente das bacterioses que afetam a cultura. O aparecimento de estirpes resistentes é uma das causas dessa baixa eficiência. Avaliou-se, in vitro, a sensibilidade a cobre, estreptomicina e oxitetraciclina de 389 isolados de Xanthomonas spp. associadas à mancha-bacteriana do tomateiro, sendo 92 de X. axonopodis pv. vesicatoria (60 do grupo "A"/raça T1 e 32 do "C"/raça T3), 93 de X. vesicatoria (grupo "B"/raça T2) e 204 de X. gardneri (grupo "D"/raça T2). Os isolados foram obtidos de plantas doentes em campos comerciais de tomate para processamento industrial nos estados de Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e Bahia, nos anos de 1995 a 1998 e em 2000. Alíquotas de 5 ml de suspensões bacterianas foram depositadas em meio Nutriente-Ágar suplementado com sulfato de cobre, nas concentrações de 50 e 200 µg/ml; sulfato de estreptomicina, a 25 e 200 µg/ml e cloridrato de oxitetraciclina, a 25 µg/ml. Nenhum isolado foi resistente a oxitetraciclina, como também nenhum foi resistente ao cobre na concentração de 200 µg/ml do sulfato de cobre. No entanto, houve diferença entre isolados quanto à sensibilidade ao sulfato de cobre na concentração de 50 µg/ml e ao sulfato de estreptomicina nas duas concentrações empregadas. As freqüências de isolados de X. gardneri, X. axonopodis pv. vesicatoria (grupos "A" e "C") e X. vesicatoria resistentes à estreptomicina (25 µg/ml do produto usado) foram, respectivamente, 98%, 38% e 2%, ao passo que, ao cobre, foram, respectivamente, 48%, 4% e 74%. Todos os isolados do grupo "C" foram sensíveis à estreptomicina e 97% sensíveis ao cobre.

Lycopersicon esculentum; Xanthomonas campestris pv; vesicatoria; controle químico


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