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Reação de genótipos de meloeiro a Myrothecium

Reaction of melon genotypes to Myrothecium roridum

A expansão da cultura do meloeiro (Cucumis melo L.) no Nordeste brasileiro tem favorecido a ocorrência de doenças como o cancro-de-mirotécio, causado pelo fungo Myrothecium roridum. Visando selecionar genótipos com potencial de utilização nos programas de melhoramento e/ou no manejo integrado da doença, foram avaliados 150 genótipos de meloeiro. Plantas com 22 dias de idade, desenvolvidas em casa de vegetação, foram feridas no colo e inoculadas com uma suspensão do patógeno (3x10(6) conídios/ml). As avaliações foram realizadas diariamente, até seis dias após a retirada da câmara úmida, com o auxílio de uma escala descritiva de notas de 0 a 4. Com os dados da última avaliação, os genótipos foram distribuídos em cinco classes de reação à doença. Nenhum genótipo foi imune ou altamente resistente ao patógeno, enquanto 26,7% foram medianamente resistentes (MR) e 73,3% foram suscetíveis (S) ou altamente suscetíveis (AS). Esses resultados evidenciam a dificuldade na obtenção de fontes com elevados níveis de resistência a M. roridum. Os grupos Cantaloupe, Charentais, Gália e 'Indefinido' apresentaram a maior freqüência de genótipos com a reação MR e a menor freqüência de genótipos AS. A maioria dos genótipos dos grupos Valenciano Verde (66,7%), Cantaloupe (57,4%), Gália (60,0%) e 'Indefinido' (53,8%) foram S. Os genótipos 'PI 420149', 'Caroline', 'A3', 'Chilton' e 'PS-1 Pele de Sapo' apresentaram os menores valores de severidade final da doença e mostraram-se promissoras fontes de resistência ao patógeno e devem ser preferidos sob condições favoráveis à doença.

Cucumis melo; cancro-de-mirotécio; recursos genéticos


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