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Estudo das vibrações geradas por detonações feitas na obra civil da Eclusa 2 de Tucuruí (PA)

A construção da barragem de Tucuruí na década de 80, situada no Rio Tocantins, interrompeu a navegação neste trecho da hidrovia. Para dar continuidade ao trajeto dos transportes fluviais a Eletronorte, por meio da Camargo Corrêa S.A., iniciou a construção de duas eclusas nas proximidades da cidade de Tucuruí/PA. A Eclusa 1 localiza-se conectada ao eixo da barragem, e a Eclusa 2 localizar-se-á nas proximidades da cidade de Tucuruí, na margem esquerda do Rio Tocantins. Esta proximidade fez com que o desmonte das rochas relacionado à sua construção provocasse desconforto à população e reclamações quanto a danos às residências. Desta maneira, o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília realizou o monitoramento das vibrações geradas pelas detonações, com o fito de se diagnosticar se há relação entre as detonações executadas e as fissuras residenciais. Os registros das velocidades de vibração de partícula foram obtidos utilizando sismômetros de engenharia instalados nas proximidades das residências teoricamente prejudicadas. Foram analisados registros de 27 pontos distintos e essas informações foram interseccionadas a informações geológicas, pedológicas e geotécnicas, de forma a se entender seus efeitos e se obter a equação de atenuação das ondas para esta região. Os 42 valores de velocidade da partícula obtidos mostraram-se inferiores ao valor recomendado pela norma ABNT de 15 mm/s para que não ocorram danos às residências proximais. No que diz respeito à intensidade sonora, somente um valor apresentou-se superior ao limite estabelecido pela norma.

desmonte de rocha; monitoramento sismográfico; vibrações; equação de atenuação


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