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Epilepsia: dados básicos de um serviço público do Rio de Janeiro

Depois de efetuar uma breve revisão sobre o contexto das epilepsias enquanto um problema de Saúde Pública, inclusive de sua prevalência, os autores descrevem um estudo realizado em um serviço público da cidade do Rio de Janeiro. De novembro de 1979 a junho de 1984, foram atendidos em ambulatórios 782 pacientes, cujos prontuários constituíram a fonte de dados desse estudo. Dos 782 pacientes, 532 (68%) incluíram-se na classificação eletroclínica das epilepsias de Gastaut, com 416 (78,2%) no grupo das generalizadas; 115 (21,6%) no grupo das parciais ou focal e 1 (0,2%) com unilateral Mais 69 pacientes foram considerados também epilépticos que não se ajustaram na classificação de Gastaut, por terem associações de tipos de epilepsias. Portanto, dos 782 pacientes, em 601 (76,9%) foi feito o diagnóstico de epilepsia; em 58 ( 7,4%) havia condições clínicas filiáveis à epilepsia, isto é, desmaios, enxaqueca, perda de fôlego, sonambulismo, etc; em 33 (4,2%) havia doença mental bem definida, mas previamente lhes fora prescrita medicação anticonvulsivante e acabaram sendo encaminhados ao referido Serviço; em 90 (11,5%) pacientes não se completou a investigação para esclarecer o que eles tinham. Em relação à idade do início das primeiras manifestações, em 78,4% dos pacientes foi diagnosticada a epilepsia antes dos 20 anos, sendo que, em 31,1% dos pacientes, tal início se deu até os 4 anos de idade. Essa correlação negativa do início da doença com o aumento da idade foi estatisticamente significativa (p < 0,01).


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