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Espaço social urbano e doença mental: um estudo de área ecológica

A hipótese de uma correlação positiva entre densidade demográfica e níveis de psicopatologia foi testada, a partir de um estudo de área ecológica realizado em um setor de baixa renda da Região Metropolitana de Salvador-BA. Taxas de prevalência de doença mental em adultos e em crianças, além de níveis de sintomatologia psiquiátrica, coletadas por área, através de um inquérito transversal, com uma amostra representativa de 1 549 adultos e 848 crianças, foram tomadas como indicadores da variável dependente. Densidade externa e densidade interna, tempo de residência urbana e renda média per capita, medidas por meio de coleta direta na mesma amostra, foram utilizadas como variáveis independentes. A análise de regressão múltipla revelou que apenas renda exercia um efeito significante, porém no sentido oposto ao previsto, sobre as equações de todas as variáveis dependentes. O incremento no R², que variou de 15 a 71%, deveu-se principalmente a variáveis não incluídas nas hipóteses, como média de idade, número de residentes por família e proporção de migrantes. As hipóteses deste estudo, em resumo, são refutadas pelos seus resultados, devendo-se interpretar tais achados basicamente em termos das suas objeções metodológicas.


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