O presente trabalho reve os principais aspectos ligados à epidemiologia do sarampo entre sociedades indígenas brasileiras. São discutidos os fatores de ordem genética, nutricional e sócio-cultural implicados na dinâmica de transmissão da doença, enfatizando-se o papel da provisão de serviços básicos de saúde na prevenção da elevada prevalência e mortalidade observada durante epidemias. O autor aborda também aspectos referentes à prática da saúde pública entre estas populações, salientando a relevância da constituição de grupos multidisciplinares para atuação tanto a nível de planejamento como prestação de serviços básicos assim como um maior envolvimento das escolas de saúde pública no atendimento destes grupos.