São apresentadas hipóteses relativas ao processo de expansão das áreas de transmissão da esquistossomose mansônica em território brasileiro, relacionando-as a etapas da história econômica do país que, em determinados momentos, provocaram importantes movimentos migratórios. O mesmo se faz com referência à introdução e espraiamento das áreas de transmissão da esquistossomose mansônica no Estado de São Paulo, procurando-se salientar algumas características particulares de seu comportamento em território paulista, com maior tendência à urbanização, à quase inexistência de formas graves e aspectos particulares das fontes de infecção e das espécies mais prevalentes de hospedeiros intermediários, em diferentes regiões do Estado. Com base nessas características propõe-se a divisão do Estado de São Paulo em três áreas distintas quanto ao comportamento da esquistossomose, providência que pode constituir subsídio para a elaboração de programa de controle da endemia.