Referindo-se à polêmica sobre a experimentação animal, este artigo questiona as relações desta com a formação profissional do pesquisador na instituição universitária. As considerações aqui tecidas baseiam-se em dados obtidos através de entrevistas a alunos e professores de cursos de Ciências Biológicas de duas diferentes universidades paulistas. Os dados evidenciam que a utilização de animais não é considerada como um problema ético para a maioria dos entrevistados e que existe um alto índice de desconhecimento das leis, princípios e técnicas preconizadas para a experimentação animal. Sugerem, também, que tal situação decorre da orientação classista e do predomínio da tendência tecnicista voltada para a profissionalização subordinada às demandas do mercado, no ensino universitário.