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Aplicação do teste de informação, memória e concentração (IMC) ao estudo epidemiológico de demência senil em Fortaleza

O presente trabalho teve por objetivo verificar a ocorrência de demência senil em amostra de pessoas de 65 e mais anos de idade residentes no Município de Fortaleza. Foram testados 865 idosos, a partir do teste de Informação, Memória e Concentração, IMC (teste de Hachinski, modificado), que aborda aspectos concernentes à identificação da pessoa, à memória de fatos atuais e remotos e à concentração, determinando os estados demenciais em função do número e grau de respostas numa seqüência programada e previamente testada quanto à sensibilidade e especificidade. Analisando-se os resultados quanto a idade, sexo e condição social, evidenciou-se uma prevalência de 8,4% de demência senil no conjunto geral, com diferença não-significativa na faixa de 75 e mais anos de idade (9,3%), comparada ao grupo de 65 a 74 anos (7,5%). Os percentuais foram semelhantes para homens e mulheres: 8,7% e 8,3%, respectivamente. Quanto à condição social, foi verificado um aumento progressivo nas proporções de estados demenciais, desde 4,2% para o estrato A/B (abastados), 6,9% para o grupo C (nível intermediário) e 10,3% no nível D/E correspondente ao estrato de pessoas economicamente desprivilegiadas. Estes resultados, entretanto, deverão ser vistos com cena reserva, dado o grau de recusa por ocasião das entrevistas, especialmente nos estratros A/B (19,3%) e D/E (9,3%).

Teste de screening; demência senil


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