A utilização de agentes comunitários nos programas de atenção primária à saúde é uma experiência amplamente difundida, principalmente nos países do Terceiro Mundo. É importante, entretanto, discriminar o perfil de atuação destes agentes em função da área onde atuam, principalmente no que diz respeito às diferenças entre o meio rural e o urbano. A simples substituição de profissionais de medicina, odontologia, psicologia etc, por agentes comunitários pode significar uma abordagem limitada do conceito de atenção primária, levando ao desenvolvimento de modelos assistenciais distintos, determinados em função da classe social a que se dirigem. Neste artigo, é apontada a necessidade de formação de recursos humanos de nível superior para a atenção primária à saúde, buscando-se também identificar o lugar dos agentes comunitários nesta área, sua especificidade técnica, bem como alguns obstáculos percebidos neste campo profissional.
Comunidade; Atenção Primária à Saúde; Saúde Comunitária; Agentes de Saúde