No presente estudo, partimos dos pressupostos de que existe uma dimensão vivencial da enfermidade na infância e de que a criança doente é capaz de falar sobre ela, de alguma forma. O nosso objetivo é conhecer suas representações da doença, do tratamento médico, da hospitalização e da equipe de saúde. Para isso, durante o mês de julho de 1990, foram entrevistadas 15 crianças entre 5 e 11 anos de idade, hospitalizadas em três hospitais pediátricos da cidade do Rio de Janeiro. Utilizamos a metodologia qualitativa como forma de análise do material coletado, segundo recomendações de Minayo (1988) e Bardin (1977). Falando sobre sua doença, as crianças nos falam sobre a prática médica, a organização da família moderna e de si próprias, enquanto sujeitos do brincar.
Hospitalização; Aspectos Psicossociais; Pediatria; Brincadeiras Infantis