Os passos para estimar padrões de qualidade para a assistência médica a serem utilizados em programas de melhoria de qualidade e em mecanismos de financiamento são apresentados, tomando o exemplo do infarto agudo do miocárdio. A metodologia é baseada em evidências científicas existentes relativas a tecnologias atualmente em uso no tratamento daquela condição no país. A letalidade hospitalar foi estimada para conjuntos tecnológicos selecionados, correspondentes a unidades mais ou menos complexas. Os parâmetros básicos utilizados na estimativa de padrões foram a eficácia (percentual de redução na taxa de mortalidade) e o percentual correspondente ao referente (indicações) associado a cada tecnologia. Os padrões foram ajustados para idade e tempo decorrido até a admissão hospitalar. A letalidade hospitalar padrão estimada variou de 28% (assistência tradicional em enfermarias) a 8,5% (unidades coronarianas relativamente complexas). É apontada a escassez de dados relevantes sobre as características, especialmente a gravidade de pacientes com infarto agudo do miocárdio no Brasil. Outras possíveis limitações da metodologia proposta são discutidas.
Padrões de Qualidade; Letalidade Hospitalar; Infarto Agudo do Miocárdio