O fracasso de um esquema intensivo de tratamento quimioterápico para controle da esquistossomose numa área de alta endemicidade no Nordeste levou à hipótese de que aspectos sócio-demográficos e/ou comportamentais estariam implicados na persistência da transmissão. Uma análise univariada dessas variáveis em relação à infecção por Schistosoma mansoni revelou que os padrões de contato com a água para lazer e higiene pessoal são importantes fatores de risco na área. Já as variáveis sócio-demográficas não estiveram relacionadas com a infecção, provavelmente porque a população local vive sob condições sócio-econômicas e sanitárias uniformemente precárias Nessa área, recomenda-se que a quimioterapia seja combinada com outras medidas, como o controle dos moluscos vetores e a educação em saúde, acompanhadas de melhorias no saneamento e abastecimento de água.
Esquistossomose; Epidemiologia; Controle de Doenças Transmissíveis; Fatores de Risco