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Espacialização da leishmaniose tegumentar na cidade do Rio de Janeiro

Spatial distribution of tegumentary leishmaniasis in the city of Rio de Janeiro

Os autores analisam os determinantes históricos e espaciais da implantação, persistência e difusão da leishmaniose tegumentar na cidade do Rio de Janeiro, e sua articulação com os processos de organização e ocupação do espaço urbano na periferia da cidade, do início do século até o final da década de oitenta. A análise da distribuição dos surtos epidêmicos neste período, mostrou a presença de um conjunto de focos descontínuos, delimitados no tempo e no espaço e articulados pela dinâmica de valorização da terra urbana, constituindo uma grande zona endêmica de leishmaniose tegumentar caracterizada por unidades espaciais com riscos diferenciados da endemia. O modelo utilizado foi a análise do processo de ocupação e organização do espaço na periferia da cidade, considerando as novas funções dos elementos espaciais expressos através de diferentes relações de trabalho, uso do solo e valor da terra. O movimento de urbanização criou as condições necessárias à intensificação da endemia em focos bem definidos, onde o processo de trabalho possibilitou maior contato entre indivíduos suscetíveis e vetores.

Leishmaniose; Surto de Doenças; Análise Espacial; Zoonoses; Epidemiologia


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