O presente trabalho justifica-se à medida que se constata o número elevado de pessoas internadas em hospital psiquiátrico, embora exista a atual proposta de desospitalização. Este estudo objetivou analisar os fatores envolvidos na recusa da desospitalização a partir do relato de pacientes internos, em um hospital psiquiátrico, com diagnóstico de esquizofrenia e capacidade verbal preservada. Segundo escolha aleatória, foi realizada uma entrevista semi-estruturada com seis pacientes. As entrevistas, posteriormente, foram submetidas à análise de conteúdo temática. Após leitura das transcrições, foram extraídos os seguintes núcleos temáticos: a sensação de liberdade ainda que internado, a proteção concreta e subjetiva que o hospital oferece, o modo de vida asilar incorporado pelos pacientes. Os achados podem contribuir para a elaboração de políticas públicas em saúde mental e para a compreensão da dinâmica subjetiva dessa população.
Saúde Mental; Esquizofrenia; Hospitais Psiquiátricos