O desafio para redução da prevalência da Hanseníase, endemia de grande importância no cenário brasileiro, tem se fundamentado na descentralização para os serviços de atenção básica. Descreveu-se inicialmente a estruturação e a oferta dos serviços para o atendimento de casos de hanseníase. Em seguida analisou-se a evolução dos indicadores epidemiológicos e operacionais, tomando como referência os períodos pré e pós a municipalização. Por fim, a análise espacial permitiu identificar a distribuição territorial da ocorrência da endemia e analisar o padrão de áreas geográficas construídas segundo o atendimento pelas unidades de saúde e sua evolução. A partir da localização geográfica dos centróides dos setores censitários de residência, e usando técnica de alisamento espacial, com base na estimativa de Kernel, foram construídas áreas de domínio de atendimentos de cada unidade. Após a municipalização, observa-se aumento da detecção e tratamento pelo município, reduzindo a evasão a outros municípios, mudanças no comportamento da demanda, com aumento da clientela referida no uso dos serviços, e alterações importantes nos indicadores epidemiológicos e operacionais.
Hanseníase; Análise Espacial; Acesso aos Serviços de Saúde