Resumo
O artigo sintetiza resultados de pesquisa etnográfica sobre a atuação dos agentes indígenas de saúde (AIS) na Terra Indígena (TI) Kwatá-Laranjal, Município de Borba, Amazonas, Brasil. Visa a contribuir para a compreensão do papel dos AIS frente à expansão do modelo médico hegemônico em contexto de pluralidade médica. A análise inclui dados de observação participante e entrevistas realizadas de 2009 a 2011. Entrevistas semiestruturadas foram realizadas com objetivo de registrar narrativas sobre a rotina, experiências e dificuldades no trabalho. Concluímos que a atuação dos AIS é essencial para a atenção primária, e seu papel transcende atividades estritamente técnicas. O AIS Munduruku ocupa posição central na articulação entre saberes indígenas e biomédicos em contextos de intermedicalidade e emerge como um novo ator político em contextos interétnicos.
Índios Sul-Americanos; Agentes Comunitários de Saúde; Saúde de Populações Indígenas; Antropologia Médica