O grande número de espécies encontrado nas florestas tropicais úmidas tem sido mencionado freqüentemente como um dos principais obstáculos a uma utilização mais intensiva da madeira em países em desenvolvimento. Este trabalho descreve dois exemplos de como o conhecimento da anatomia e das propriedades físicas e mecânicas das espécies abundantes, aliado a um esquema adequado de controle de qualidade, pode viabilizar uma maior utilização de madeiras da amazónia brasileira. O primeiro exemplo se refere à produção de dormentes para a Estrada de Ferro Carajás (E.F.C.) com 890 km de extensão, onde foram empregados cerca de 2.100.000 dormentes; o segundo trata do uso de madeira serrada para habitação de baixo custo, no Estado de São Paulo, cuja construção é administrada pelas Companhias Habitacionais - COHABs.
Madeiras amazônicas; Dormentes; Habitações; Controle de Qualidade