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Comparação fitossociológica entre duas amostragens numa área de clareira em anos consecutivos, Estação Biológica de Caratinga, MG

Phytosociology comparing between two gaps in the Caratinga Biologic Station, Minas Gerais State

A Estação Biológica de Caratinga encontra-se dentro do domínio Atlântico, sob um clima sazonal com uma estação úmida e quente (outubro-março) e outra seca e fria (abril-setembro). O solo é do tipo Latossolo Vermelho-Amarelo álico. A clareira em estudo localiza-se em topo de morro, possuindo pequenas árvores esparsas, grande quantidade de "touceiras" mortas de Pteridium aquilinum, plantas herbáceas, jovens e plântulas de espécies arbóreas. Esta área foi alterada por fogo e plantio de café há pouco mais de 30 anos. Foram amostrados 500 m² mapeando-se e anotando-se altura e circunferência de todos os indivíduos. Realizaram-se 2 amostragens com o mesmo método, a primeira em outubro de 1989 e a segunda em outubro de 1990. Verificou-se pouca variação na densidade (657 e 668 indivíduos, respectivamente) e na composição em espécies. Mabea fistulifera (maior densidade em ambas as amostragens), Bauhinia fusco-nervis, Inga sp e uma espécie não identificada de gramínea tiveram a densidade aumentada, enquanto Pteridium aquilinum (a segunda de maior densidade), Ferdinandusa cf. ruggeoides e Vismia sp, tiveram-na reduzida. A presença de "touceiras" mortas de P. aquilinum, de indivíduos jovens de espécie arbóreas comuns às matas ao redor e a existência de áreas vizinhas ocupadas exclusivamente por populações de P. aquilinum sugerem que a clareira em estudo encontra-se em estágio intermediário entre o declínio da população de P. aquilinum e a ocupação da área pelas espécies de mata.

clareira; sucessão; regeneração; floresta Atlântica; floresta semidecídua


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