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Produção e predação de frutos em Aniba rosaeodora Ducke var. amazonica Ducke (Lauraceae) em sistema de plantio sob floresta de terra firme na Amazônia Central

Harvesting and fruit predation of a Aniba rosaeodora Ducke var. amazonica Ducke (Lauraceae) ex situ tree population in a central Amazonian upland forest

O pau-rosa (Aniba rosaeodora) vem sendo usado desde o século passado para extração de linalol, produto usado como fixador de perfumes. Por causa do extrativismo houve redução drástica em suas populações naturais. Somando a este fato, esta espécie possui padrão irregular de frutificação e, quando frutifica, os seus frutos são consumidos por animais. Estes aspectos foram estudados utilizando uma população de plantio sob sombra parcial de floresta primária. A produtividade das árvores variou de 40 a 1.600 frutos (n = 21 árvores). No geral, cerca de 42,5% foram removidos por frugívoros (6.770 frutos, n = 10 árvores). Dos frutos não removidos, 0,5% foram predados por vertebrados, 81,5% continham larvas de insetos, variando de 36-96% entre indivíduos. Uma espécie de Coleoptera ataca os frutos em estádio imaturo, enquanto outra (Heilipus sp.) e uma espécie de Lepidoptera atacam os frutos em estádio final de desenvolvimento. Os resultados projetam perda de 59,5% dos frutos (54,5% por insetos) passíveis de coleta. Considerando a importância econômica do pau-rosa faz-se necessário aumentar a disponibilidade de sementes para planos de manejo da espécie. Para se atingir tais objetivos são necessárias algumas medidas: 1) coleta prematura de frutos para maturação em laboratório; 2) utilização de métodos de controle de insetos adultos (em plantios) e larvas (em frutos atacados); e 3) estudos de seleção genética para identificar plantas com maior resistência natural a pragas e doenças.

pau-rosa; produtividade; frugivoria; insetos; manejo


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