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Volume de água armazenado no tanque de bromélias, em restingas da costa brasileira

Water volume stored in bromeliad tanks in Brazilian restinga habitats

Muitas espécies de bromélias armazenam água da chuva em seu interior, sendo esta característica resultado da distribuição espiralada de suas folhas, que formam pequenos tanques. O objetivo deste estudo foi avaliar e comparar o volume de água efetivamente armazenado e o volume máximo que pode ser armazenado no tanque de diferentes espécies de bromélias de 13 restingas brasileiras. Em cada restinga, em 100 plots de 100 m² cada, registramos as espécies de bromélias-tanque, os parâmetros morfométricos e o volume efetivo e máximo em 20 indivíduos de cada espécie. Encontramos 32 espécies de bromélias-tanque, para as quais medimos o volume máximo e o volume efetivo de água armazenado. Em 59.007 rosetas, estimamos o volume máximo em 44.388 litros e medimos 17.000 litros de água efetivamente armazenados. Encontramos diferenças interespecíficas nos volumes máximo e efetivamente reservado de água, na biomassa, no número de folhas e no volume do cone da planta. Aechmea aquilega, A. blanchetiana e Hohenbergia castelanosii tiveram os maiores volumes efetivos. Somente A. nudicaulis e Billbergia amoena diferiram entre suas populações em todos os parâmetros analisados. As restingas de Maricá, Prado, Trancoso e Jurubatiba tiveram os maiores volumes de água.ha-1 armazenada nas bromélias-tanque. O volume máximo de água estimado para as bromélias-tanque variou entre espécies devido a diferenças na forma e no tamanho das bromélias.

Bromeliaceae; bromélia-tanque; disponibilidade de água livre; arquitetura foliar


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