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Como o especialista em ortopedia e traumatologia avalia o atendimento ao trauma ortopédico no Brasil

How do orthopedic surgeons rate the orthopedic trauma care in Brazil

OBJETIVO: Apresentar os resultados de pesquisa Datafolha, realizada no período de 23 de setembro a 18 de outubro de 2010, sobre as condições existentes para o exercício profissional na área do trauma ortopédico no Brasil. MÉTODOS: pesquisa quantitativa, com abordagem telefônica dos entrevistados, por meio de sorteio aleatório de membros da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, em cadastro contendo mais de 7.000 nomes. As entrevistas foram realizadas mediante aplicação de questionário estruturado, com aproximadamente 25 minutos de duração. RESULTADOS: 97% dos entrevistados dedica parte do seu tempo ao trauma ortopédico. 87% dos entrevistados exercem outra sub-especialidade, que não o trauma ortopédico. Na média dos atendimentos no país, 43% dos pacientes pertencem à rede pública de saúde e 41% pertencem à rede de convênios. O uso de implantes importados ocorre na minoria das situações (36%) e 83% dos médicos que utilizam ambos os tipos de implantes julga que os nacionais apresentam qualidade inferior. 61% dos entrevistados julga a qualidade do atendimento em serviços públicos regular, ruim ou péssima. Metade dos entrevistados declara ter problemas para a liberação de suas solicitações de procedimentos junto aos planos de saúde em pelo menos 25% das vezes em que encaminham tais pedidos. CONCLUSÃO: O trauma ortopédico é uma especialidade exercida pela grande maioria dos ortopedistas brasileiros. A estrutura dos serviços públicos é considerada insatisfatória pela maioria dos ortopedistas entrevistados. A maioria dos ortopedista deseja uma reformulação nos honorários médicos e na infra-estrutura de serviços.

Trauma; Ortopedia; Infra-estrutura


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