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Cotovelo flutuante em crianças

Floating elbow in children

Objetivo: Analisar, retrospectivamente, o manejo do cotovelo flutuante em crianças, atendidas no Hospital do Trabalhador - UFPR, com enfoque na ocorrência de lesões associadas, tratamento realizado e resultados obtidos. Métodos: Entre abril de 2002 e abril de 2007, foram atendidos 15 pacientes com cotovelo flutuante, idade entre três e 14 anos, 12 pacientes do sexo masculino e três do feminino, oito fraturas no membro superior direito e sete no esquerdo, com seguimento mínimo de três anos e oito meses. Avaliamos, ainda, o mecanismo do trauma, lesões associadas, exposição da fratura, classificação, tratamento e os resultados. Resultados: Sete pacientes sofreram queda da mesma altura; três, queda de nível; um, do cavalo; um, de motocicleta; uma criança atropelada; e duas prenderam o braço na centrífuga. No úmero tivemos quatro fraturas diafisárias e 11 fraturas supracondilianas. No antebraço, 13 fraturas do 1/3 distal e duas diafisárias. Tivemos três fraturas expostas, dois pacientes com lesão nervosa, um com síndrome compartimental e nenhum apresentou lesão vascular. Um paciente foi tratado com tala gessada, sendo que os outros 14 pacientes tiveram suas fraturas fixadas tanto no úmero quanto no antebraço. Tivemos um paciente que evoluiu com varo de cinco graus e não tivemos alterações funcionais na nossa série. Conclusão: O cotovelo flutuante é uma lesão infrequente, com potencial risco de complicações, entre elas: lesões nervosas, exposição óssea e síndrome compartimental. Recomendamos para seu tratamento, redução e fixação de ambas as fraturas, o que permite melhor cuidado das partes moles, bem como avaliação da perfusão do membro, com bons resultados funcionais.

Fixação da Fratura; Criança; Articulação do Cotovelo


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