OBJETIVO:
avaliar os resultados de componentes femorais cônicos não cimentados de fixação proximal em pacientes com fêmur proximal tipo C e compará-los com os resultados obtidos em fêmures tipos A e B.
MÉTODOS:
estudo retrospectivo de 87 pacientes com 90 ATQs não cimentadas. Três pacientes (três ATQs) foram excluídos por seguimento menor do que dois anos. Houve seguimento de dois a 4,3 anos e média de 2,8 anos. Foram usados implantes femorais modelo Bicontact. As radiografias pré-operatórias foram avaliadas e classificados os fêmures nos tipos A, B ou C de Dorr, além da aferição dos índices corticais (IC). Clinicamente os pacientes foram avaliados por meio do Harris Hip Score (HHS), antes da cirurgia e no último seguimento. Compararam-se as radiografias pós-operatórias sequenciais quanto a estabilidade, complicações e sinais de osteointegração ou não da prótese femoral.
RESULTADOS:
dos 87 quadris com seguimento maior do que dois anos, 32 fêmures eram tipo A (37%), 37 tipo B (42%) e 18 tipo C (21%). No pré-operatório a média do HHS foi de 39,4 nos tipos A e B e 38,8 no tipo C. No último seguimento o HHS em média foi de 89,8 nos tipos A e B e 86 no tipo C. Nenhum dos 87 componentes femorais foi revisado até o último seguimento. Todos foram considerados estáveis. As radiografias de 86 demonstraram sinais de osteointegração.
CONCLUSÃO:
não houve diferença significativa nos resultados clínicos e na fixação (e osteointegração) de próteses femorais não cimentadas cônicas, com porosidade proximal, em fêmures dos diferentes tipos de morfologia femoral de acordo com a classificação de Dorr. Essa conclusão pode variar em caso de uso de outro modelo de implante.
Artroplastia de quadril; Osteointegração; Fêmur