Objetivo:
Avaliar o impacto de um ambulatório de pé diabético na redução da morbidade da doença, com ênfase nas lesões dos membros inferiores.
Métodos:
Estudo prospectivo, observacional, com população alvo de 30 casos do total de 77 pacientes do ambulatório de pé diabético. O critério de inclusão foi que todos os pacientes tivessem exames laboratoriais, exame clínico, testes neuropático e vascular e índice tornozelo-braço repetidos após 18 meses de acompanhamento, o que permitiu analisar sua evolução. A análise estatística foi feita com o teste qui-quadrado de MacNemar para amostras dependentes.
Resultados:
A média de idade dos pacientes foi de 61 anos, todos portadores de diabetes mellitus (DM) tipo 2, iniciada em média havia 14,5 anos, e 20% eram neuropatas. Após 18 meses, não houve mudança na frequência de lesão em órgão alvo da diabetes (p = 1,000) e no índice de neuropatía (p = 1,000). Obteve-se, no entanto, melhoria significativa dos sintomas neuro-páticos de 70% para 36,7% (p = 0,035), bem como da doenca arterial periférica de 73,3% para 46,7% (p = 0,021). Foi observada ainda diminuição de 13,3% para 10% das úlceras (p = 1,000).
Conclusões:
A criação de ambulatórios especializados em prevenção do pé diabético é investimento viável, de baixo custo quando comparado aos altos custos gerados pelas complicates dessa doenca. Essa abordagem melhora sensivelmente a qualidade de vida do paciente, com a redução da morbidade.
Diabetes mellitus; Prevenção primária; Pé; Neuropatías diabéticas; Doencas vasculares periféricas; Infecção; Úlcera; Amputação