Objetivo:
Avaliar as condutas e os procedimentos feitos pelos cirurgiões de joelho do Brasil no tratamento das lesões do ligamento patelofemoral medial (LPFM) do joelho na luxação aguda traumática da patela.
Materiais e métodos:
Questionário de 15 questões fechadas que abordava tópicos relacionados ao tratamento das lesões do LPFM do joelho após luxação aguda da patela. Foi aplicado a cirurgiões brasileiros de joelho durante os três dias do 44° Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia, em 2012.
Resultados:
Preencheram completamente o questionário e fizeram parte da amostra analisada 106 cirurgiões de joelho. A maior parte era proveniente da Região Sudeste. A maioria (57%) relatou fazer menos de cinco procedimentos de reconstrução do LPFM/ano. A indicação do tratamento não cirúrgico após primeiro episódio de luxação aguda da patela é a preferida e feita por 93,4% da amostra. Somente 9,1% dos participantes relataram nunca ter observado complicações no pós-operatório. A radioscopia intraoperatória é adotada rotineiramente por 48%. Os profissionais que não a usam para determinação do ponto de fixação do ligamento no fêmur não observam estatisticamente mais complicações pós-operatórias comparados com os que usam essa ferramenta (p > 0,05).
Conclusões:
Existem claras tendências de evolução no tratamento e na reabilitação da luxação aguda da patela com lesão do LPFM no Brasil. No entanto, mais estudos prospectivos controlados são necessários para avaliar o benefício clínico e científico dessas tendências.
Joelho; Articulação do joelho; Ligamento patelofemoral medial; Reconstrução; Reabilitação