Objetivo:
Correlacionar a curvatura acromial, por meio dos ângulos propostos, com o espaço subacromial e os tipos de acrômio.
Métodos:
Foram estudadas 90 escápulas. Os acrômios foram classificados em tipos I, II ou III. A curvatura acromial foi analisada por meio dos ângulos alfa, beta e teta. Mensuramos também a distância entre o extremo anteroinferior do acrômio e o tubérculo supraglenoidal (DA). As escápulas foram agrupadas em relação ao sexo e à idade. Os ângulos propostos foram analisados em relação a cada tipo de acrômio e também em relação à medida da distância DA.
Resultados:
Do total de acrômios, 39 (43,3%) foram do tipo I, 43 (47,7%) do tipo II e oito (9%) do tipo III. A média de idade para cada tipo de acrômio I-III foi de 45,6 anos, 55,2 e 51,1, respectivamente. A proporção dos diferentes tipos de acrômio variou em relação ao sexo e à idade. A avaliação das médias dos ângulos β (p = 0,008) e θ (p = 0,028), comparadas em relação a cada tipo de acrômio e às medidas da distância DA (p = 0,037), mostrou-se estatisticamente significativa.
Conclusão:
Os ângulos propostos no nosso trabalho podem ser usados para análise morfométrica do acrômio, em especial de sua curvatura, contribuir para os estudos das doenças do ombro e auxiliar na programação cirúrgica e na análise da inclinação acromial por meio de radiografia ou ressonância magnética.
Acrômio/anatomia & histologia; Síndrome de colisão do ombro; Bainha rotadora